PÍLULA

25-07-2010 11:54

Cientistas apontam novos benefícios

As mulheres que tomaram a pílula em algum momento da sua vida podem viver mais tempo do que as que nunca recorreram a este método contraceptivo.Esta é a conclusão de um estudo publicado no "British Medical Journal", iniciado em 1968 e que envolveu mais de 46 mil mulheres.

A pesquisa compara o número de mortes entre as que tomaram a pílula durante cerca de quatro anos e as que nunca tomaram.

Segundo os investigadores, as mulheres que tomaram a pílula apresentam uma probabilidade de 38 por cento menor de morrer de cancro nos intestinos e cerca de 12 por cento menor de morrer de outras doenças. Os motivos para que assim seja não são conhecidos, mas os cientistas calculam que as hormonas para suprimir a ovulação consigam prevenir certas doenças, tendo em conta que a pílula já demonstrou eficácia na prevenção de cancros ginecológicos e da mama. Observou-se ainda que as mulheres que tomaram a pílula têm uma taxa mais baixa de doenças circulatórias, cardíacas e de vários cancros, nomeadamente dos intestinos e do foro ginicológico (ovários e colo do útero).

O estudo conclui que a pílula não está associada ao aumento do risco de mortalidade e pode ter mais benefícios para a saúde do que riscos associados, mas ressalva, porém, «que o equilíbrio entre riscos e benefícios pode variar globalmente, dependendo dos padrões de utilização do contraceptivo oral e do histórico de risco de doenças» de cada mulher.