Reservas Alimentares de Emergência em Sua Casa

A despensa que não se dispensa

No dia 13 de Julho, o ministro da Agricultura apresentou a campanha «Previna-se e Viva», que passa por recomendar à população que guarde alimentos na despensa e numa mochila de emergência para responderem a situações de crise.

Esta campanha lançou um folheto com orientações que visam a sobrevivência alimentar das famílias, se confrontadas com uma situaçãode ruptura no sistema normalde abastecimento.

Imagine que uma calamidade o impede de sair de casa e que ela constitui o refúgio mais seguro. Pense que a água poderá estar cortada ou imprópria para consumo e que a luz, o gás e as comunicações foram interrompidas, por um período que pode ser longo.

A sua sobrevivência e da sua família vão depender de si!

 

Constitua uma reserva de alimentos e água, em quantidade suficiente para 1 ou 2 semanas. Faça um plano de compras, de acordo com as ementas em www.cncpe.gov.pt/?cpea, que respeite as características e os valores nutricionais adequados a um cenário de crise grave e leia as recomendações em "Dê prioridade à água".

Poderá substituir certos alimentos (ex: leite UHT por leite em pó), seguindo a " equivalência entre alimentos".

Estas refeições baseiam-se em alimentos enlatados, cujos conteúdos líquidos devem ser ingeridos.

Deve anotar os prazos de validade dos alimentos adquiridos e não esqueça a sua substituição próximo da data limite.

 

 

 Poderá ainda armazenar:

·         Sumos, leite em pó e sopas enlatadas ou desidratadas;

·         Pão, brioches ou similares de longa duração;

·         Arroz, batatas e massas pré-cozidas;

·         Sal, açúcar, café e chá instantâneos;

·         Barras de chocolates e cereais;

·         Suplemento de vitaminas e sais minerais;

·         Uma fonte de calor para pequenas confecções;

·         Fósforos ou isqueiro e lanterna.

 
 
 

Cuide especialmente das necessidades próprias dos lactentes, crianças, idosos ou doentes com especificidades alimentares, seguindo a prescrição dos médicos.

 

Falaremos agora na reserva alimentar para lactentes (até 2 anos), embora deva ser recomendada pelo pediatra, em caso de emergência aconselha-se:

  • 0-4/6 meses: alimentação exclusiva de um leite parcialmente adaptado +/- 130g;
  • 6-12 meses: leite de transição +/- 165g, Baby Food Júnior de fruta (com excepção de citrinos), Baby Food Júnior de creme (legumes, carne ou peixe);
  • 12-24 meses: leite em pó completo 50g, bolacha Maria 12g, Baby Food Júnior (legumes, carne ou peixe), Baby Food Júnior  de fruta ou 100g de fruta em conserva, papa láctea +/- 50g.

 

 

A mochila para emergência

 

 

Deve preparar uma mochila para cada membro do agregado familiar que a possa transportar e que permita que todos fiquem autónomos, pelo menos, durante dois a três dias. Teste o peso, guarde-a em local fresco e rapidamente acessível. Escolha alimentos leves e nutritivos e em unidades de consumo imediato.

Uma vez mais deve anotar os prazos de validade e substituí-los próximo das datas limite.

 

Alimentos básicos

  • Comida enlatada: peixe, carne, leguminosas, frutas e vegetais;
  • Uma a duas garrafas de água de 1,5l;
  • Leite, sumos, sopas (em embalagens individuais);
  • Biscoitos secos, pão ou brioches de longa duração;
  • Café e/ou chá instantâneos (em saquetas);
  • Frutos secos ou cristalizados, barras de cereais e de chocolate;
  • Alimentação adequada à idade das crianças;
  • Ração e água para os animais domésticos.

 

 

 

Utensílios auxiliares

  • Guardanapos de papel ou toalhetes;
  • Talheres, pratos e copos (descartáveis);
  • Fósforos ou isqueiro;
  • Panela pequena;
  • Produto para tratamento de água;
  • Caixa de plástico pequena para guardar sobras;
  • Canivete multiusos ou abre-latas;
  • Lanterna

 

 

Dê prioridade à água

Uma reserva de água potável é prioridade absoluta. Lembre-se que poderá viver algum tempo sem comer mas não sem beber. Crianças, pessoas de idade ou doentes têm necessidades suplementares.

Constitua uma reserva de água para uma a duas semanas: 4 a 5 l/dia/pessoa, das quais 0,75 a 1 l/dia/pessoa sãopara beber (mantendo nas garrafas de origem) e, a restante, é para pequenas confecções de alimentos e bebidas e para a higiene pessoal.

reserve-a em contentores de plástico, vidro ou fibra de vidro, bem lavados, que não tenham contido produtos químicos. Feche-os bem, coloque rótulos para posterior identificação e guarde-os em local escuro, fresco, longe de produtos e inalações tóxicas.

Se, em plena emergência, não tiver reserva de água suficiente, tente obtê-la na própria canalização, no depósito de água quente (depois de desligados o gás e electricidade), nos cubos de gelo e no depósito do autoclismo. Se puder sair de casa e não existir contaminação radiológica ou química, recorra à água da chuva, fontes, rios, riachos, lagos, poços, barragens, etc., mas exclua água com objectos flutuantes, cheiro ou cor anormais.

Evite alimentos ricos em sal, proteínas e gorduras, porque aumentam a sede e beba os conteúdos líquidos dos alimentos enlatados.

 

Métodos simples de purificação, fervura, desinfecção e destilação da água podem ser consultados em www.cnpce.gov.pt/?cpea.